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Uma breve história da (computação em) nuvem

28/08/2019 Posted by Data Science, Negócios, Tecnologia, Tendências 0 thoughts on “Uma breve história da (computação em) nuvem”

O conceito de cloud computing nasceu em 1960, conheça as origens desse mercado que movimenta bilhões.

O mercado de Cloud Computing está em alta. Em 2018, movimentou 200 bilhões de dólares, e há expectativas de que alcance a casa dos 300 bilhões em 2022, de acordo com a IDC – International Data Corporation. No dia a dia, os usuários encontram nesses serviços a facilidade de ampliar o armazenamento de seu smartphone, compartilhar arquivos com outras pessoas, mas a nuvem não se resume a isso. Quando uma empresa adere a esse serviço, ela pode desfrutar de maior produtividade, escalabilidade e segurança, elevando seu rendimento em diversos âmbitos.

A nuvem se tornou uma ferramenta acessível para qualquer um que possua um smartphone ou computador, mas apesar de parecer uma tecnologia recente, já se discutia sobre ela há muitas décadas. Os primeiros registros do que seria a base da nuvem nasceram com o americano John McCarthy, que em 1960, nove anos antes da criação da internet, já sugeria o conceito de computer utility, uma computação compartilhada simultaneamente entre dois ou mais usuários, onde você paga apenas pelo que usa. Suas palavras, em 1961, foram proféticas:

A computação poderá ser usufruída de forma pública, como hoje usamos a telefonia. Cada usuário pagará somente pelo que usar, mas com acesso às ferramentas de um sistema completo. Esta capacidade da comutação poderá ser a base de uma nova e importante indústria.

Outro nome importante para a criação e popularização da Cloud Computing é o físico Joseph Carl, que permitiu o compartilhamento de dados e a comunicação em escala global com a ARPANET, predecessora da internet. Joseph Carl é hoje considerado um dos pais esquecidos da internet.

Nos anos 1990, já com a World Wide Web, houve uma série de avanços nos sistemas de telecomunicação, como o aumento da banda larga, fácil acesso a computadores e a proliferação de internet de alta velocidade, abrindo portas para o futuro na nuvem. Assim, em 1997, foi usado pela primeira vez o termo Cloud Computing, em uma palestra ministrada pelo professor de Sistemas de Informação Ramnath Chellappa. A terminologia nasceu do símbolo da internet, algo que está “no ar”. Em 1999, a empresa Salesforce foi a primeira a disponibilizar aplicações empresariais pela web, mas foi somente em meados dos anos 2000 que tivemos o mais importante passo para popularização desse mercado no meio empresarial.

O ponto de inflexão na tecnologia é o ano de 2006, quando lançada a primeira versão da EC2, ou Elastic Compute Cloud, desenvolvida pela Amazon Web Services. É a origem do que hoje chamamos de Infrastructure-as-a-Service (IaaS). Ao permitir o acesso remoto ao processamento, na prática “alugando” computadores às empresas, a Amazon ofereceu uma nova visão sobre o sistema. O serviço permitia às empresas eliminar a necessidade de um investimento inicial em hardware, facilitando o desenvolvimento e implantação de serviços e aplicativos com mais rapidez e menos investimento em hardware.

De 2006 para cá aconteceram muitas outras mudanças, avanços e novidades na computação em nuvem. Sobre algumas, já falamos aqui, destacando o potencial, por exemplo, da Data Analytics as a Service. De acordo com a ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, somente no Brasil, de 2015 a 2017, foi registrado um aumento de 86,92% no faturamento desse segmento.  A nuvem apresenta uma série de soluções empresariais, que podem se aplicar a qualquer tipo de negócio. É necessário, entretanto, avaliar cada caso, uma vez que há riscos em relação a segurança das plataformas e à capacidade de atendimento das redes, especialmente em determinadas áreas e países.

Empregos do futuro: piloto de drone, terapeuta do Facebook e professor de robô

23/08/2019 Posted by Data Science, Pessoas, Tecnologia, Tendências 0 thoughts on “Empregos do futuro: piloto de drone, terapeuta do Facebook e professor de robô”

Conheça profissões que podem surgir e se popularizar nos próximos dez anos.

 

Quem viveu as últimas décadas assistiu à extinção de várias profissões e ao surgimento de tantas outras. E, acompanhando a curva cada vez mais acentuada do avanço tecnológico, inúmeros empregos atuais deixarão de existir. Nós mesmos já falamos disso por aqui

O Center for the Future of Work, criado pela empresa de serviços tecnológicos Cognizant, elencou dezenas de atividades que possivelmente surgirão, analisando variados aspectos que caracterizam o mundo atual, dentre os quais, é claro, os tecnológicos: automação, biotecnologia, física quântica, inteligência artificial, cibersegurança, realidade virtual e outros. 

Algumas dessas formas de trabalho soam bastante curiosas, embora não sejam improváveis e ainda pareçam um pouco distantes no horizonte. Entre eles estão desenvolvedores de órgãos humanos, professores de inglês como segunda língua para robôs, agricultores verticais urbanos, drone jockeys, manobristas de frotas autônomas e até mesmo terapeutas de dependência do Facebook. 

As profissões que, na avaliação dos estudiosos do Centro, estão prestes a se tornar relevantes e têm potencial de empregar centenas de milhares de pessoas, são o foco principal do relatório “21 jobs of the future: a guide to getting – and staying – employed over the next 10 years”. Veja alguns exemplos:

  • Data detective – devem vasculhar grandes volumes de dados para resolver questões complexas, verdadeiros enigmas surgidos na reunião das informações coletadas por dispositivos IoT, sensores, monitores biométricos, entre outros. 
  • AI-Assisted Healthcare Technician – técnicos que saibam lidar com o auxílio da Inteligência artificial serão cada vez mais necessários, dada a progressiva inserção dessa tecnologia no ramo da saúde. 
  • Cyber City Analyst – esse analista garantirá o funcionamento eficiente dos sistemas integrados nas chamadas “cidades inteligentes”. Cuidarão para que os fluxos de dados automatizados sigam bem, corrigindo erros, evitando e resolvendo ataques hacker.
  • Man-Machine Teaming Manager – será o responsável por gerir as relações entre humanos e máquinas, de modo a articular as principais qualidades e mitigar as limitações deles no trabalho, e desenvolverá os sistemas que permitam que essas equipes híbridas se comuniquem bem.
  • Personal Data Broker – como as tendências atuais determinam que os dados são propriedade dos indivíduos, e não das corporações, surgirá a figura do corretor de dados. Ele fará o monitoramento e a comercialização dos dados gerados por seu cliente. 
  • Personal Memory Curator – fará uso de ambientes virtuais e realidade aumentada para que idosos possam “habitar”, resgatando experiências e contextos passados que ofereçam conforto psicológico, sobretudo em casos de perda de memória (algo semelhante com o que é mostrado no episódio “San Junipero”, da série Black Mirror).
  • Augmented Reality Journey Builder – assim como há os escritores, os cineastas e os compositores, surgirão os construtores de narrativas em realidade aumentada, capazes de criar, projetar, construir, gamificar e personalizar a próxima geração de narrativas.

Resta agora saber quais dessas previsões se concretizará, de fato, nos próximos anos. Para qual delas você se candidataria? 

Inovações digitais e criatividade para levar mais saúde para mais pessoas

27/06/2019 Posted by Sem categoria 1 thought on “Inovações digitais e criatividade para levar mais saúde para mais pessoas”

Soluções de Data Science para acelerar a transformação digital e fomentar o propósito de levar mais saúde para mais pessoas foram as marcas registradas de mais uma etapa do projeto Qualirede Go.

Muita criatividade, superação e, principalmente, resultados marcaram mais uma etapa do projeto Qualirede Go, em Florianópolis, esta semana. Com foco na aceleração do processo de transformação digital, os pitches foram um sucesso e demonstraram a capacidade dos changemakers do time Qualirede em ir muito além do convencional para levar mais saúde para mais pessoas.

As propostas fizeram sucesso. “Estamos encantados com os resultados que transformação digital está trazendo para a Qualirede!! Superou a expectativa!!! A GoToData tem uma equipe super competente que está mudando o mindset do nosso time!!!”, destacou a CEO da Qualirede, Paula Bianca Minikovski Coelho, que participou de todas as apresentações, mostrando-se parte de um time obstinado na busca por melhores resultados de saúde para o Brasil.

Os times trabalharam duro para idear soluções digitais que transformam dados em ativos estratégicos para a empresa. Durante a jornada, foram horas e horas de pesquisa, análise de ferramentas de mercado, provas de conceito, prototipagem e, finalmente, a linha de chegada que valeu a pena. Entre vídeos, práticas circenses, música e descontração, a Qualirede mostrou que é possível unir resultados e harmonia, mesmo num mundo VUCA.

“Os times se superaram. Evoluíram muito, demonstraram ter internalizado e vivenciado a inovação intensamente e por completo. Estão prontos para ser os changemakers da empresa. Vi oportunidades reais de negócio surgirem em ótimas propostas.”, analisou Leandra Zamboni, parceira de negócios da GoToData.

Em implantação desde o segundo semestre de 2018, o projeto Qualirede Go tem o objetivo de acelerar a transformação digital da empresa.

Com atuação nacional e mais de 800 mil vidas em Third-party Administration (TPA) full, o Grupo Qualirede é líder no mercado de saúde.

Entusiasta dos princípios de Agile and Responsible Data Science, a GoToData desenvolve aplicações de Data Science minimamente invasivas para os negócios e potencializadoras do impacto positivo na vida das pessoas. Seja nos projetos, nos Squads de Data Science ou em seu portfólio de produtos, esses são pontos centrais das ofertas GoToData que fomenta uma nova forma de transformar dados em resultados para além do lucro.

Três reflexões sobre o impacto da Lei de Proteção aos Dados Pessoais

01/10/2018 Posted by Data Science, Negócios, Tecnologia, Tendências 0 thoughts on “Três reflexões sobre o impacto da Lei de Proteção aos Dados Pessoais”

Do direito de ser esquecido ao direito à educação.

A necessidade de consentimento explícito e específico para a coleta e uso de dados pessoais, estipulada pela Lei Lei 13.709/2018, recentemente sancionada, faz emergir outros três temas relevantes.

O primeiro se refere ao dia-a-dia dos clientes e usuários da web. A aprendizagem permanente e incremental está na gênese da ciência de dados. As empresas fazem um primeiro uso dos dados e, com o resultado, fazem novas análises e descobrem novos usos e valores. Dessa forma, o uso original solicitado ao usuário da rede mudou, e uma nova solicitação será pedida.

O resultado possível é a rotina dos clientes ser permeada por uma sequência interminável de solicitações de consentimento. Não é preciso dizer como isto impacta na experiência de navegação, com possíveis resultados negativos para e-commerce, por exemplo.

O segundo está relacionado à capacidade dos clientes de decidir sobre o assunto. Apesar da posição de destaque no ranking de usuários web, o Brasil ainda figura entre os países com menores níveis de autonomia no uso da tecnologia.

Apontei este problema em recente participação em um debate na Globonews (veja aqui), e é importante ressaltar que as pesquisas mostram que o brasileiro tem dificuldade em experiências simples, como usar um editor de texto ou mesmo ligar e acessar uma conta pelo computador.

O terceiro tema é a necessidade premente a normatização do direito de esquecimento que permite aos clientes solicitar que seus dados sejam definitivamente apagados dos registros de empresas, organizações públicas e provedores web. Esse assunto foi recentemente julgado na suprema europeia a partir do caso de um cidadão que solicitou o esquecimento dos registros web que o associavam a um imóvel leiloado por inadimplência.

Visto como positivo por zelar pela privacidade, esse direito torna tênue o limite entre o seu exercício e ações socialmente negativas como a censura, o ocultamento de fraudes e suas variações.