Avanço da Internet das coisas (IoT) exige investimento em hardware e sistemas mais seguros.
A internet surgiu sendo acessada por meio de computadores e, atualmente, são poucos os usos offline dos PCs ou notebooks. A conexão tornou-se um requisito básico. Para os celulares, a tendência é a mesma. Mais de 90% dos brasileiros possui um aparelho móvel e a grande maioria deles têm acesso à internet.
Mas a escalada da internet rumo à ampliação de seus domínios não para por aí. A integração dos mais diversos dispositivos à rede deu origem ao termo “Internet das Coisas” (IoT, na sigla em inglês para “Internet of Things”).
Além dos muitos exemplos já presentes na indústria – integração de equipamentos, monitoramento de performance e estado de funcionamento, controle de estoque de insumos, etc –, a IoT já chegou ao cotidiano. Carros autônomos, capacetes com projeção de informações no visor, sistemas integrados de iluminação e temperatura de residências, tudo isso é realidade. Já existem até modelos de geladeiras que detectam que determinado alimento acabou e efetuam a compra online no supermercado.
Pesquisa recente da Gartner Inc., consultoria especializada tecnologia, apontou a estimativa que, em 2019, estarão em uso 14,2 bilhões de dispositivos conectados à internet em todo o mundo. Até 2021, esse número deve chegar a 25 bilhões. Já o volume de dados que todos esses aparelhos vão gerar e compartilhar é virtualmente impossível de mensurar. O crescimento desse fluxo é exponencial.
Com isso aparecem com destaque questões de privacidade e segurança. Cercados dos mais variados aparelhos, monitorando nosso entorno e colhendo dados a cada segundo, estaremos mais suscetíveis a invasões, furto de informações, entre outros riscos. Um dos entraves para as empresas que desenvolvem equipamentos IoT é justamente o fato de por vezes não serem as mesmas que desenvolvem os softwares e algoritmos que comandarão suas máquinas. Esse alinhamento ainda precisa ser refinado.
O desenvolvimento mais amplo da IoT vai depender também dos seguintes avanços:
- Mudança na estrutura da rede, passando da arquitetura centralizada ou da nuvem para o formato de “edge computing” e, sucessivamente, para um modelo de “malha dinâmica”. A forma como são feitos a transmissão e o processamento dos dados na internet não é ainda capaz de sustentar com qualidade e segurança o funcionamento de tantos equipamentos IoT quanto se prevê que existirão.
- Elaboração e consolidação de uma estrutura global de governança, que aponte com clareza as diretrizes de geração, armazenamento, utilização e exclusão das informações envolvidas nos processos de IoT.
- Desenvolvimento da indústria de sensores, simultaneamente ao aperfeiçoamento dos algoritmos, ampliando as funcionalidades já disponíveis hoje nos equipamentos dotados de IoT.
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