As grandes corporações não são o único alvo dos cibercrimes.
A rede de hotéis Marriott International perdeu 5% de seu valor de mercado, ou quase US$ 250 milhões, em um único dia, após o anúncio da falha de segurança que permitiu o roubo de milhões de dados de clientes. A divulgação de uma série de contramedidas permitiu a recuperação parcial do preço das ações, mas a organização vai enfrentar uma batalha judicial que pode resultar em perdas de até US$ 12 bilhões. Não é a primeira companhia, nem a única, a passar por esse choque de realidade.
Em 2013, a Yahoo (atualmente propriedade da Verizon) teve os dados de 3 bilhões de contas vazados, derrubando US$ 350 milhões do valor de mercado. Ebay, Uber, Sony, Adobe, Home Depot e outras grandes enfrentaram problemas, críticas e prejuízos milionários nos últimos anos.
Engana-se, entretanto, quem acredita ser uma preocupação apenas para os big players. Segundo a última edição do Relatório de crimes digitais, quase a metade dos ciberataques ocorrem contra pequenos negócios e a tendência é de aumento em 2019. Os mais comuns são o sequestro de dados e pedidos de resgate, seguidos por roubo e venda de informações sigilosas. Os prejuízos não são apenas financeiros. Há custos judiciais incertos e uma incalculável perda de reputação.
Não há previsão de redução de riscos no futuro. Pelo contrário. O desenvolvimento de tecnologias como Inteligência Artificial pode aumentar a capacidade destrutiva dos ataques, como mostramos aqui.
As soluções de segurança disponíveis no mercado são diversas e capazes de atender de indivíduos a conglomerados. Esta diversidade implica em custos e recursos variados. Às grandes empresas, é necessária uma cultura de segurança perpassando todos os níveis, com alguns protocolos e sistemas dedicados apenas à proteção. Já para os usuários, a simples adoção de hábitos e rotinas de segurança costumam oferecer excelentes resultados.
Uma recomendação vale para todos, e é a mais importante delas: você (e sua empresa) é um alvo. Proteja-se.