Negligenciar a tecnologia pode ser um caminho rápido para o fracasso.
Conectividade, automação e inteligência artificial, entre outros, são termos que entraram de vez para o vocabulário da vida contemporânea, perpassada em vários níveis pela tecnologia. Como nunca, conhecer e acompanhar os avanços tecnológicos é condição fundamental para a sobrevivência. Tanto vale para as pessoas quanto para as corporações.
Empresa são especialmente vulneráveis às mudanças no cenário. Ou então, se ela tardar em se adaptar, pode também encontrar o fracasso pela perda de timing. “Toda empresa é, hoje, uma empresa de tecnologia”, como afirma Christopher Mims, em artigo de muita repercussão publicado recentemente no The Wall Street Journal. O que já foi tido como um diferencial de alguns na competição por clientes e mercados, é atualmente um imperativo universal.
A tradicional varejista norte-americana Sears, por exemplo, sofreu com a ascensão do comércio eletrônico e pediu concordata no final de 2018. Superada por concorrentes totalmente inseridos digitalmente, como Amazon e Wallmart, a rede, que já foi a líder no varejo estadunidense, não experimenta lucros desde 2011 e está à beira da falência.
Como muitas vezes a demanda por inserção e desenvolvimento tecnológico é pesada e exige rapidez, as grandes corporações tem adotado algumas formas de adequação:
- O alto escalão tem contado cada vez mais com figuras altamente capacitadas no assunto, trazendo-o para o centro das decisões estratégicas;
- As empresas buscam estabelecer parcerias com quem possa suprir as necessidades impossíveis ou inviáveis de sanar internamente;
- Há crescente investimento e incentivo à inovação interna ou mesmo de forma independente, por parte dos colaboradores, criando seus próprios negócios. A Cisco, por exemplo, encoraja lideranças da corporação a criarem suas startups, e algumas delas já foram compradas pelo conglomerado por cifras que chegam à casa do bilhão de dólares;
- Além da compra de empreendimentos liderados por membros de suas equipes, tem sido comum também a incorporação de outras startups por grandes empresas. Com isso, são agregados ao staff profissionais em geral jovens, bastante especializados em tecnologia e com forte senso inovador.
É claro que fomentar novos negócios e/ou incorporar startups só cabe às grandes corporações, mas trazer a tecnologia para a mesa de decisões e buscar parceiros está ao alcance de qualquer empreendimento. Negligenciar o assunto, por sua vez, é uma opção que já não serve mais.