Como uma vida de escândalos e ódio levou à crise na família internet.
O conceito já estava em desenvolvimento, mas Tim Berners-Lee cravou o nome World Wide Web em 1989, enquanto trabalhava no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). Um ano depois, foi bem-sucedido na primeira comunicação entre um cliente HTTP e o servidor. Nascia a internet, como a conhecemos hoje.
Aos 63 anos, o atual professor do Massachusetts Institute of Technology e da Universidade de Oxford mostra-se desapontado com o rumo tomado por sua criação. Em entrevista recente à Reuters, afirmou:
“Estou decepcionado com o atual estado da internet. Perdemos o sentido de empoderamento individual e, em certo sentido, acredito que o otimismo se foi”.
A excessiva concentração no setor, os escândalos de venda de dados pessoais e a disseminação do ódio pelas redes sociais são a causa de sua desilusão.
Para a primeira, ele sugere esperar um pouco e ver se algum novo player ameaçará a dupla Facebook/Google em breve. Não ocorrendo, sua sugestão é direta: “não há alternativa a não ser forçar a divisão das companhias”.
Após o escândalo da Cambridge Analytics, outros vieram, como a recente notícia de que um grupo de criminosos pôs à venda um pacote com os dados pessoais de mais de 120 milhões de usuários do Facebook. As esperanças de avanços recaem nas regulamentações recentemente aprovadas, como a reforma deste ano das regras de proteção de dados da União Europeia (RGPD, na sigla em inglês) e a recente Lei Geral de Proteção de Dados, no Brasil, atualmente aguardando regulamentação
Contra o ódio, bem, contra o ódio, só o amor. E leis mais duras.