Há pouco menos de 50 anos, em 17 de novembro de 1970, era concedida a patente ao engenheiro Douglas Engelbart pelo projeto do “X-Y Position Indicator for a Display System”.
O perspicaz pesquisador notou que o fio ligando seu pequeno invento ao paquidérmico computador parecia um rabo de roedor. E assim o batizou: mouse. O nome pegou entre os brasileiros, mas, em Portugal, a tradução é obrigatória e todos usam ratos para trabalhar.
A criação do invento remonta à pesquisa com radares, à época da Segunda Guerra, e desde o desenvolvimento dos primeiros processadores já se investigavam ferramentas para o input de dados. Novembro de 1970 é o aniversário, mas ele já estava lá, muito antes. Engelbart foi um desses cientistas visionários, ao mesmo tempo pragmáticos, a iluminar o caminho da ciência. Fez da interação homem-máquina, tema extraordinariamente atual, seu projeto de vida.
Isto posto, a ideia desse post era vascular as possibilidades futuras. Sobreviverá o mouse às avassaladoras mudanças em andamento? Sim? Não? Moveremos os cursores com a mente? Com os olhos? A voz? Cursores existirão? Computadores?
O mouse é um sobrevivente. O cemitério de periféricos e afiliados está repleto de grandes ideias tornadas obsoletas por ideias ainda melhores. O X-Y Position Indicator permanece operacional. Ganhou adereços, como os botões, a rolagem e o sensor de luz, mas é provável que sua simplicidade seja a resposta para sua longevidade.