Entenda as diferenças entre 3G, 4G e 5G, as gerações da conectividade mobile.
Enquanto muitos ainda usam o termo 3G para se referir genericamente à internet móvel dos celulares e muitos aparelhos já contem com a tecnologia 4G, as novas tendências já apontam para um mundo 5G. Em suma, as siglas representam as gerações de tecnologia mobile. Entre cada uma delas, há diferenças significativas, que carregam avanços e promessas.
A conexão 3G abrange a quase totalidade dos municípios brasileiros (97,3%) e dos usuários de telefonia celular no país (99,6%), segundo levantamento da consultoria Teleco, e foi a grande responsável pela popularização do acesso à conexão móvel por aqui. Tecnicamente ela privilegia a transmissão de dados de voz (como os áudios do Whatsapp) e serviços de navegação em sites, uso de apps online e downloads.
A quarta geração, embora esteja disponível oficialmente em 81% das cidades, ainda não alcança níveis satisfatórios no Brasil. Com uma velocidade média de 19,67 megabits por segundo, ela atinge apenas o dobro do desempenho do 3G (8,82 Mbps) e não chega nem perto dos níveis dos líderes do ranking mundial: 37,54 Mbps da Coreia do Sul para redes 3G e 44,31 Mbps de Singapura no 4G.
Também chamada de LTE (Long Term Evolution), a rede 4G é mais veloz e possibilita um maior número de pessoas conectadas simultaneamente sem a perda de qualidade do sinal. Nela, os dados são transportados em frequências variadas, tais como o trânsito em uma via com várias pistas: quando uma está congestionada, os veículos mudam de faixa e seguem seu caminho.
Nessa conexão é priorizado o tráfego de dados (texto, áudio, vídeo e fotos), ao invés do tráfego de voz da geração anterior. 4G+ e 4,5G são nomenclaturas mais mercadológicas que técnicas, por se tratarem tão somente de aprimoramentos e melhoras de desempenho em relação ao padrão 4G.
A era 5G está começando, mas é ainda incipiente. Ela deve possibilitar maior velocidade de download e upload, conexões mais estáveis e cobertura mais ampla. Justamente por isso, é essa tecnologia que promete contribuir na integração dos mais variados objetos na chamada Internet das Coisas (IoT), da qual já falamos em outra oportunidade.
Mas, para viabilizar essa maravilha tecnológica, especialistas apontam que pode haver um custo alto, não apenas de investimento financeiro. Efeitos ambientais e interferência em satélites são alguns dos efeitos colaterais. Falaremos sobre as expectativas e controvérsias no próximo artigo.