Em retrospectiva de 2019 no blog da GoToData, o tema foi dos que mais despertou o interesse dos leitores.
A Inteligência Artificial (IA) saiu dos filmes de ficção científica e já está entre nós, às vezes muito mais do que nos damos conta. Não à toa o assunto apareceu por várias vezes aqui no blog da GoToData, e nem é necessário um algoritmo para atestar isso. Ao longo de 2019 trouxemos notícias e reflexões sobre diversos aspectos dessa tecnologia que revoluciona o mundo.
As ferramentas que fazem uso da IA e passaram por aqui são as mais variadas e intrigantes. Desde o algoritmo capaz de encontrar a solução para um cubo mágico em questão de segundos e o sistema que auxilia a escolha dos filmes da Sessão da Tarde – e adora o Adam Sandler! –, até a tecnologia que permite a um catéter “navegar” pela corrente sanguínea em busca de vazamentos e um veículo a andar de forma inteligente e autônoma.
Nessa jornada, descobrimos que até já existem máquinas incrivelmente competentes em escrever textos e ficamos preocupados com o futuro dos nossos redatores humanos! Uma brincadeira, é claro, mas que nos remete à atenção que vários especialistas têm dado às implicações do desenvolvimento da automação e da IA no mundo do trabalho. Falamos do receio de sermos superados ou até mesmo dominados pelas máquinas e de como a IA pode criar, na opinião do escritor e historiador israelense Yuval Noah Harari, uma “geração de inúteis” (do ponto de vista econômico e financeiro). Parece consenso que só os diferenciais dos humanos em relação às máquinas e um pacto global pelo desenvolvimento consciente e responsável da tecnologia podem nos salvar.
Nesse sentido, refletimos sobre como a presença de uma visão humanista dentro das equipes que criam, aperfeiçoam e utilizam os sistemas de IA é cada vez mais necessária, para torná-los mais úteis e evitar, por exemplo, que reproduzam julgamentos e visões preconceituosas. Vários experimentos baseados na interlocução de humanos com robôs caminham no mesmo sentido de buscar equilíbrio e explorar o potencial positivo dessa relação, como o que colocou computadores para mediar conflitos, o que analisou a posição das pessoas diante de um dilema moral envolvendo robôs e o que testou o quanto os participantes se afetavam com a pressão exercida por um agente não-humano.
Em 2020 e nos anos seguintes a aposta é que o assunto – tão atual e relevante que marcou presença forte até mesmo na última prova do ENEM – continuará na pauta do desenvolvimento científico e seguirá impactando nossas vidas. O futuro próximo promete grandes doses de inovação. Vamos juntos acompanhar as cenas dos próximos capítulos?