Data Analytics: quando o outsourcing vale a pena?

06/09/2018 Posted by Negócios 0 thoughts on “Data Analytics: quando o outsourcing vale a pena?”

Com a previsão de movimentar US$20,680 milhões, até 2026, o outsourcing de Data Analytics pode acelerar a transformação dos negócios para a era digital.

Que os dados são o coração da transformação digital, ativos estratégicos e que podem significar a diferença entre quem permanecerá ou não no mercado, já são ideias repercutidas exaustivamente e consolidadas no senso comum.

Porém, como as organizações, privadas e públicas, podem efetivamente transformar essas expectativas em resultados? Com a movimentação de US$20.680 milhões prevista para 2026, o outsourcing de Data Analytics vem crescendo rapidamente e se consolidando como uma alternativa.

Em pesquisa mundial realizada pelo Gartner Inc. evidenciou que, apesar dos investimentos nessa área serem prioritários para os CIO’s, 91% das organizações ainda não alcançaram o nível “transformacional” de maturidade, na captura do valor dos dados para o negócio.

A mesma pequisa também revela que:

  • em 60% das 196 empresas pesquisadas, “as planilhas eletrônicas constituem o principal instrumento de análise e abordam somente dados relacionados às transações comerciais realizadas”,
  • Os executivos não têm clareza sobre os motivos da falta de sincronismo entre os investimentos realizados e os resultados obtido. Em geral, disseram ter avançado na coleta e armazenamento de dados, mas falta conhecimento das equipes sobre como conceber e instrumentalizar as análises.
  • O aumento da eficiência operacional é o grande mobilizador dos projetos de Data Analytics, para 54% das organizações. Bem abaixo, com 31% de citações, estão os objetivos de aprimorar a experiência do cliente e de desenvolver novos produtos.
  • As diferenças regionais são significativas e posicionam a Ásia na primeira posição, em relação ao nível de maturidade das empresas, no assunto.

 

No Brasil, não é diferente! As organizações, em geral, buscam caminhos para acelerar a aprendizagem, a concepção e a instrumentalização de soluções de Data Analytics. Almejam, com isso, ganhar produtividade, catalisar o desenvolvimento de produtos, aprimorar a experiência dos clientes, porém, encontram dificuldades diversas para implementar os projetos, no campo.

Por um lado, o “hype” em torno das tecnologias em si, torna desafiador distinguir a “espuma da esponja”, ou seja, confundem o mercado acerca do que é real ou aspiração, o que, para além de dificultar o desenvolvimento de soluções concretas pode fomentar a insegurança, a incerteza e, porque não, o medo de, ora ou outra, ser disruptado súbita e sumariamente.

Por outro, o mindset industrial permanece hegemônico nas organizações que, quando conseguem avançar, ainda implementam soluções balizadas pelos princípios da “gestão de tempos e movimentos” oriunda da administração científica.

Nesse contexto, o outsourcing de Data Analytics vem se consolidando como uma alternativa eficaz para acelerar o desenvolvimento e transformação dos negócios, por meio da utilização de dados como ativos estratégicos.

Entre aqueles que já experimentaram, os principais benefícios são:

  • Manter-se atualizado ou “up-to-date”, em relação às tecnologias, cujo ritmo de desenvolvimento é vertiginoso;
  • A mitigação do risco dos projetos, visto que, em geral, os SLAs explicitam os parâmetros para a entrega das soluções, entre eles, o prazo, o nível de investimento e qualidade requeridos;
  • A possibilidade de interagir com soluções desenvolvidas para outros segmentos econômicos que, eventualmente, podem ser aplicáveis ou inspirar o seu próprio desenvolvimento;
  • Dar “start” ao engajamento e desenvolvimento dos colaboradores, a partir de soluções objetivas e em operação, frequentemente, os “quick wins” que evidenciam as primeiras aplicações, bem como a potencialidade do campo na geração de resultados para o negócio.

 

É importante salientar que o outsourcing pode contribuir para a adaptação permanente das organizações em relação à regulações recentes como a Lei de Proteção de Dados Pessoais, no Brasil, e o Global Data Protection Regulation (GDPR), já vigente na União Europeia.

Por Paula Oliveira

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