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Desafios da tecnologia 5G

23/06/2019 Posted by Negócios, Tecnologia, Tendências 0 thoughts on “Desafios da tecnologia 5G”

Nova geração promete mudar a vida de todos, mas há empecilhos a serem enfrentados.

Distante da linha de frente dos avanços tecnológicos da atualidade, o Brasil experimenta nos últimos anos a implementação da quarta geração mobile, chamada de 4G. Longe dos padrões norte-americanos, europeus e asiáticos, seguimos no aguardo pela ampla disponibilidade de mais velocidade e melhor desempenho em nossas redes, como tratamos em outro post.

Enquanto isso, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e China encabeçam a lista dos países da nova geração móvel. As expectativas são altas. Muitos consideram a mudança equivalente à introdução da eletricidade ou da própria internet na civilização. Algo da magnitude da revolução industrial.

Os aparelhos 5G tornarão possível o que tem sido chamado de Internet das Coisas (IoT). Estes dispositivos, dotados com elevada capacidade de processamento e conectividade, permitirão novos patamares de integração e personalização. Carros autônomos, cirurgias remotas também são exemplos de avanços esperados com o advento do 5G.

Mas enquanto as benesses saltam aos olhos, seus efeitos colaterais despertam a atenção de pesquisadores. Estudo publicado na Revista Nature, por exemplo, apontou que o aumento na quantidade de conexões 5G pode interferir nos sistemas de meteorologia. Isso porque os satélites que monitoram a concentração de vapor de água na atmosfera nos Estados Unidos funcionam em uma frequência de 23,8 gigahertz, e a faixa reservada para as redes 5G está entre 24,25 e 25,25 GHz. Operando em frequências tão próximas, pode ser que haja interferência, prejudicando não só as previsões do tempo nos EUA, mas também ao redor do mundo, dado que agências meteorológicas ao redor de todo o mundo se valem do dados gerados pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). O desafio aqui é criar maneiras de impedir esse conflito.

O aumento no consumo de energia e a consequente emissão de poluentes é outra efeito indesejado. Somando-se o que consomem centros de processamento de dados, aparelhos e redes vinculados a eles, chegamos a uma porção de 5% a 9% do consumo mundial de energia, e 2% dos níveis de poluição global. Se considerarmos que a nova geração demandará mais armazenamento e maior capacidade de processamento, os valores tenderão a aumentar, a não ser que os aprimoramentos consigam, como é desejável, aumentar a eficiência e diminuir os impactos negativos no ambiente.

Além do mais, a chegada do 5G exigirá a adoção de aparelhos mais potentes, o que significará milhões de dispositivos obsoletos descartados, aumentando a massa de resíduos, com muitos componentes que não são recicláveis ou degradáveis.

Daqui, seguimos aguardando o momento em que poderemos desfrutar das inúmeras vantagens da quinta geração mobile. E também torcendo para que, até lá, já tenham conseguido minimizar seus malefícios.

Internet móvel: qual é o G da questão?

14/06/2019 Posted by Tecnologia, Tendências 0 thoughts on “Internet móvel: qual é o G da questão?”

Entenda as diferenças entre 3G, 4G e 5G, as gerações da conectividade mobile.

Enquanto muitos ainda usam o termo 3G para se referir genericamente à internet móvel dos celulares e muitos aparelhos já contem com a tecnologia 4G, as novas tendências já apontam para um mundo 5G. Em suma, as siglas representam as gerações de tecnologia mobile. Entre cada uma delas, há diferenças significativas, que carregam avanços e promessas.

A conexão 3G abrange a quase totalidade dos municípios brasileiros (97,3%) e dos usuários de telefonia celular no país (99,6%), segundo levantamento da consultoria Teleco, e foi a grande responsável pela popularização do acesso à conexão móvel por aqui. Tecnicamente ela privilegia a transmissão de dados de voz (como os áudios do Whatsapp) e serviços de navegação em sites, uso de apps online e downloads.

A quarta geração, embora esteja disponível oficialmente em 81% das cidades, ainda não alcança níveis satisfatórios no Brasil. Com uma velocidade média de 19,67 megabits por segundo, ela atinge apenas o dobro do desempenho do 3G (8,82 Mbps) e não chega nem perto dos níveis dos líderes do ranking mundial: 37,54 Mbps da Coreia do Sul para redes 3G e 44,31 Mbps de Singapura no 4G.

Também chamada de LTE (Long Term Evolution), a rede 4G é mais veloz e possibilita um maior número de pessoas conectadas simultaneamente sem a perda de qualidade do sinal. Nela, os dados são transportados em frequências variadas, tais como o trânsito em uma via com várias pistas: quando uma está congestionada, os veículos mudam de faixa e seguem seu caminho.

Nessa conexão é priorizado o tráfego de dados (texto, áudio, vídeo e fotos), ao invés do tráfego de voz da geração anterior. 4G+ e 4,5G são nomenclaturas mais mercadológicas que técnicas, por se tratarem tão somente de aprimoramentos e melhoras de desempenho em relação ao padrão 4G.

A era 5G está começando, mas é ainda incipiente. Ela deve possibilitar maior velocidade de download e upload, conexões mais estáveis e cobertura mais ampla. Justamente por isso, é essa tecnologia que promete contribuir na integração dos mais variados objetos na chamada Internet das Coisas (IoT), da qual já falamos em outra oportunidade.

Mas, para viabilizar essa maravilha tecnológica, especialistas apontam que pode haver um custo alto, não apenas de investimento financeiro. Efeitos ambientais e interferência em satélites são alguns dos efeitos colaterais. Falaremos sobre as expectativas e controvérsias no próximo artigo.